O alho é uma das plantas medicinais mais antigas. Em 1858, Louis Pasteur observou as suas propriedades antibacterianas. Durante a Primeira Guerra Mundial o alho era muito utilizado para evitar infecções e mais tarde foi também usado pelos soldados russos na Segunda Guerra Mundial. Quando os antibióticos eram escassos, utilizavam-no em tão grande escala que o alho era conhecido como “a penicilina russa”.
Os compostos de enxofre desta família (aliáceas) reduzem os efeitos cancerígenos das nitrosaminas e dos compostos n-nitroso, cuja formação ocorre quando se grelha excessivamente um alimento e durante a combustão do tabaco.
Estudos epidemiológicos sugerem uma redução do cancro da próstata e do rim em pessoas que consomem alho em maior quantidade.
Além do mais, todos os vegetais desta família ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue, o que, por sua vez, reduz a secreção de insulina e do factor de crescimento insulínico e o desenvolvimento de células cancerosas.
De notar que as moléculas activas do alho são libertadas quando este é esmagado e são muito mais facilmente assimiladas se forem dissolvidas num pouco de óleo.
Conselhos de utilização: a cebola e o alho picados podem ser ligeiramente fritos num fio de azeite, misturados com vegetais cozidos a vapor ou salteados e temperados com caril ou açafrão-da-índia. Também podem ser consumidos crus, misturados em saladas ou numa sanduíche de pão de mistura e manteiga biológica (ou azeite).
Fonte: “anti cancro” David Servan-Schreiber - 2012