Tal como se lê no Neijing Suwen*, os sábios chineses da época antiga que seguiam o Tao viviam em saúde até aos cem anos. Em medicina, o Tao constitui o conjunto de princípios que permitem cuidar das diferentes energias do ser humano (a energia ancestral, a energia mental, a energia essencial e o sangue) assegurando deste modo a saúde e a longevidade. Para uma boa compreensão destes princípios é fundamental ter noção de que o pensamento chinês está enraizado na unidade de Homem e natureza, microcosmo e macrocosmo. Esta noção de sintonia do ser humano e a natureza permitiu estabelecer as correspondências entre os fenómenos naturais e os fenómenos da vida humana. Assim a cada estação do ano corresponde um órgão e uma víscera do corpo humano, uma emoção, uma actividade psíquica, etc., o que justifica a necessidade de se viver em conformidade com as 4 estações para assegurar a manutenção da saúde. Outros conselhos como a moderação na alimentação e no trabalho, a manutenção do coração em estado de serenidade, e evitar a energia e o vento perverso, são tidos como a chave para um envelhecimento saudável.
*Clássico da medicina chinesa, escrito por volta de 2800 a.C. pelo imperador Hoang Ti e pelos seus seis médicos conselheiros: Khi Pa, Kuei Yu, Pa Kao, Chao Yu, Chao Chi e Lei Kung.